quarta-feira, 17 de julho de 2013

SESMT - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO





Aline Barbosa Pinheiro

Prof. Andréia Alexandre Hertzberg


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Graduação Tecnológica de Segurança no Trabalho (SEG 0134) – Prática Módulo II.
16/11/2012


RESUMO

São constatados um grande número de acidentes do trabalho que podem ser evitados com a ação dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT. É de extrema importância que o SESMT seja efetivo e ativo nas empresas públicas e privadas, pois tais profissionais devem garantir o bem estar e a saúde no trabalho. Através da interdisciplinaridade o SESMT é um exemplo de modelo atual de Gestão administrativa de prevenção dos acidentes do trabalho. Deve-se iniciar o trabalho de implementação de uma cultura de prevenção de acidentes do trabalho para que as empresas cumpram e façam que se cumprem todas as Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214 de 08/06/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego. Para isso, atentar para  NR-04 certamente é o início de uma mudança cultural com uma base prevencionista verdadeira.


Palavras-chave: Serviços Especializados. Acidentes do Trabalho. Prevenção.

1 INTRODUÇÃO

            Diante das estatísticas do trabalho, constatamos um grande número de acidentes nas empresas de diferentes ramos de atividades. Acidentes do trabalho que podem ser evitados com a ação do SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
Com sua instituição oficial pela Portaria 3.214 de junho de 1978, na Norma Regulamentadora n.º 04 – NR 04 e última atualização em 2009, o SESMT é obrigatório em toda empresa que possui empregados sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Este serviço tem o objetivo de prezar pelo bem estar dos trabalhadores.

As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
(Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego)


Neste trabalho abordo o conceito geral, o conceito de cada elemento do SESMT e suas funções.
Porém, nos deparamos com a triste realidade que muitas empresas desprezam a composição do SESMT e outras não dão o devido valor. Pesquisamos materiais diversos, entrevistamos um dos profissionais que compõe este serviço especializado, fizemos a análise e debatemos sobre o tema com o objetivo de esclarecer e trazer a consciência da importância deste serviço e dos profissionais que o compõem.


2 SESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

Conforme Marco Antonio de Sousa Souza (2007) in Palmieri, o SESMT está submetido às leis trabalhistas e as empresas, sendo necessário “(...) que o Estado e as empresas se direcionem na busca da valorização do homem, tanto no aspecto social como profissional, pois é o homem o tema central da prevenção dos infortúnios do trabalho”. Por tanto, é de extrema importância que o SESMT seja efetivo e ativo nas empresas públicas e privadas, pois tais profissionais devem garantir o bem estar e a saúde no trabalho.

2.1 A COMPOSIÇÃO DO SESMT

O SESMT é composto de Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de Segurança no Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, dimensionado de acordo com o grau de risco da principal atividade e o número de trabalhadores da empresa conforme classificação da tabela dos quadros I e II da NR 04 da Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego.

Seguem abaixo as principais funções de cada elemento:

 
2.1.1 Engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40

Presta assessoria a empresas, examina os postos de trabalho e as atividades com avaliação de segurança prevenindo acidentes. Faz inspeções nas estruturas prediais e dá orientações sobre sistemas de combate a incêndios. Responsável pela promoção do uso de equipamentos de proteção individual  (EPI’s) e adaptação do trabalhador a máquinas e equipamentos. Trabalha com campanhas educativas e divulgação de materiais  para promoção de cultura preventiva. Realiza avaliações de insalubridades e periculosidades nas tarefas realizadas por trabalhadores. Faz pesquisas teóricas e práticas, analisa acidentes para evitar reincidências e prevenção de novos casos.
 
2.1.2 Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45

Responsável por inspeções de segurança, meio ambiente e qualidade nos locais de trabalho com objetivo de prevenir acidentes, pela conservação de manutenção do sistema de combate a incêndio nas empresas garantindo sua funcionalidade. Elabora pareceres técnicos de máquinas e  equipamentos e faz análises e registro de acidentes ocorridos e irregularidades recomendando medidas corretivas e preventivas. Assessora empresas e trabalhadores, dá instruções e treinamentos conforme as normas de segurança e divulga materiais disseminando hábitos de saúde e segurança no trabalho.

2.1.3 Médico do trabalho - CBO - 0-61.22

Responsável pela elaboração do PCMSO – Plano de Controle Médico Ocupacional - das empresas, realiza exames periódicos, dá instruções e orientações para empregados e empregadores referentes à saúde e a atividade ocupacional de cada trabalhador. Coordena campanhas de saúde e vacinações dentro das empresas e outras funções referente à insalubridade e periculosidade.

2.1.4 Enfermeiro do trabalho CBO - 0-71.40

Faz inspeções nos locais de trabalho dando orientações e treinamentos para funcionários com o objetivo de evitar acidentes e buscar melhorias nos postos de trabalho.  Dá atendimento nos postos ambulatoriais das empresas realizando primeiros socorros e curativos. Também participa de campanhas e programas de higiene e saúde nas empresas, supervisiona os serviços de enfermagem prestados pelas auxiliares e técnicas de enfermagem além de treinar e dar instruções referentes à utilização de vestimentas e equipamentos aos trabalhadores com objetivo de prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
2.2.5 Auxiliar ou técnico de enfermagem do trabalho

Presente principalmente em fábricas e indústrias, desempenha tarefas similares às de auxiliar de enfermagem, conforme CBO 5-72.10.

Em entrevista da prática perguntamos a Técnica de Segurança no Trabalho Vitória Krug Régio se para ela o trabalho desenvolvido pelo SESMT era satisfatório, ela respondeu que não, pois “a cultura de Segurança do Trabalho ainda não está presente no ambiente de trabalho brasileiro”, demonstrado  assim uma lamentação pelos profissionais que algumas vezes acabam por não realizar nas empresas as atividades pelas quais estudaram e foram contratados. E em conformidade a essa afirmação segundo Farias (2012) para se ter um bom desempenho do SESMT

a auditora fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), Viviane de Jesus Forte, aconselha a manter um Serviço atuante, sempre envolvido em todas as situações relacionadas à segurança e à saúde no trabalho, às propostas de melhorias discutidas nas reuniões da CIPA, para que essas medidas sejam efetivamente aplicadas, e à avaliação de riscos do setor. (...)
(...) o primeiro passo é cumprir a norma, o número de profissionais tem de estar corretamente dimensionado, os horários respeitados, cumprindo a jornadas parcial ou a integral, e não ter desvio de função ou estar registrado em mais de uma empresa, (...)           (Rev. CIPA, p. 42)


O SESMT nada mais é que um modelo ideal de gestão administrativa de prevenção dos riscos ambientais. Isto porque vivenciamos atualmente consideráveis mudanças nas características dos riscos existentes nos ambientes de trabalho pelo surgimento de novas atividades, fato que exige  novos conhecimentos e participação de um maior número de profissionais, o quê caracteriza uma interdisciplinaridade e gestão integrada nas empresas.
Conforme Farias (2012), o especialista em Medicina do Trabalho e consultor em Saúde do Trabalhador Mário Bonciani, que comemora 40 anos do SESMT

(...) Bonciani avalia que  esse modelo técnico/profissional, concebido e implantado no início dos anos 70, representa um dos principais pilares de segurança e saúde no trabalho do País e contribui significativamente para a redução dos riscos clássicos, presentes nos ambientes de trabalho, mecânicos, físicos, químicos e biológicos.”     (Rev. CIPA, p. 42)

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluindo este trabalho ressalto a importância das empresas observarem e cumprirem as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, principalmente a NR-4 que determina o dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT. Assim, teremos os profissionais adequados realizando suas atividades, o técnico de segurança do trabalho, o auxiliar de enfermagem do trabalho, o engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho, especialistas em prevenção de acidentes e cuidados com a saúde do trabalhador.

Sugiro iniciar-se imediatamente o trabalho de implementação de uma cultura prevencionista, que deve estar presente desde as primeiras horas do dia a dia dos trabalhadores, antes de saírem de suas casas e na consciência de cada empregador que também deve ter o entendimento de compreender a importância dos investimentos em prol da segurança e medicina do trabalho sendo capaz de contratar e incentivar os serviços dos profissionais que compõem o SESMT.


REFERÊNCIAS

BORBA, Heitor. A necessidade da auditoria no SESMT. Disponível em   http://www.qualidadebrasil.com.br/artigo/seguranca_no_trabalho/a_necessidade_da_auditoria_no_sesmt acesso em 02 out. 2012.

CÓDIGO BRASILEIRO DE OCUPAÇÕES – CBO.


FARIAS, Viviane. Sesmt comemora 40 anos de saúde e segurança no trabalho. Revista CIPA, ano XXXIII, N.º 390, p.35-58, São Paulo, março 2012.


MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, NR -04 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977.


PALMIERI, Aparecido Francisco. O Papel do SESMT no Auxílio da Gestão de Empresas Disponível em fgh.escoladenegocios.info/revistaalumni/artigos/Artigo_Palmieri.pdf> acesso em 02 out. 2012.


MORAES JUNIOR, Cosmo Palácio de. O que fazer para o SESMT não funcionar. Disponível em <http://www.cpsol.com.br/website/artigo.asp?cod=1872&idi=1&id=4126> acesso em 02 out.2012.


A TECNOLOGIA VOLTADA PARA SEGURANÇA DO TRABALHO




Aline Barbosa Pinheiro


Prof. Andréia Alexandre Hertzberg

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Graduação Tecnológica de Segurança no Trabalho (SEG 0134) – Prática Módulo II.
10/05/2013

RESUMO
 Conhecer aspectos gerais relacionados a segurança do trabalho com os conhecimentos para desenvolver softwares ou hardwares que possam facilitar a gestão de segurança do trabalho nas empresas. Softwares oferecidos por  empresas de serviços de informática que trabalham com novas tecnologias e desenvolvem sistemas operacionais com aplicações para a gestão de recursos humanos. Surgimento de novas tecnologias voltadas à segurança do trabalho,  máquinas adaptadas com dispositivos, novos dimensionamentos e acessos mais seguros. Análise e apresentação dos itens com exigências específicas a modificações necessárias para garantir a integridade física dos trabalhadores nos diversos seguimentos industriais das normas regulamentadoras 12 e 18 do Ministério do trabalho e Emprego.          


Palavras-chave:  Softwares. Novas Tecnologias. Segurança do Trabalho.

1 INTRODUÇÃO


Juntamente com o avanço da humanidade podemos acompanhar também um certo desenvolvimento do trabalho, aumento de demandas e exigências que refletem na segurança do trabalho e resultam no surgimento de novas tecnologias. Uma organização que busca a visão estratégica da melhoria contínua não pode ignorar a necessidade de aquisição e manutenção de máquinas, equipamentos e de sistemas informatizados.

Portanto, para o bom desempenho da área de Saúde, Higiene e Segurança do Trabalho - SHST, há a necessidade da compreensão das instituições empresariais que isto não ocorrerá de forma casual. Com o objetivo de alcançar altos padrões de melhoria, a partir de uma visão sistêmica novas tecnologias estão surgindo, softwares e hardwares, máquinas e equipamentos são desenvolvidos com objetivo de garantir a segurança no trabalho. Desde a integridade física do trabalhador até evitar perdas e danos de patrimônio das empresas, levando as empresas ao reconhecimento que os acidentes podem ser evitados. Um bom exemplo desta iniciativa vem do próprio Ministério do Trabalho e Emprego – MTE que em 08 de junho de 1978 publicou a Norma Regulamentadora n.º 12 da Portaria 3.214 de 06/08/1968 do MTE, a NR-12, intitulada: “Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos”, com sua última atualização em 08 de dezembro de 2011:

12.1 Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e que equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.  (Item 12, item 12.1 da Norma Regulamentadora n.º 12 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego – Grifo nosso).

Neste trabalho abordaremos a pesquisa realizada pelo grupo sobre softwares, hardwares, máquinas e equipamentos voltados à segurança do trabalho, incluindo consulta às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, visita a Feira Brasileira da Mecânica - FEBRAMEC  e participação em seminário.

2 DESENVOLVIMENTO.


2.1 Softwares.

           Softwares facilitam a elaboração de programas de segurança do trabalho. Segurança, ambiente favorável e condições adequadas à saúde dos funcionários são preocupações cada vez mais constantes no cotidiano das empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. O alto índice de acidentes de trabalho e a obrigatoriedade da elaboração do PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário pelas empresas nas quais os empregados estão expostos a algum tipo de risco tem estimulado que cada vez um maior número de empresas venham implementar um sistema de gestão voltado à segurança do trabalho. Porém, a elaboração do material exigido ainda pode ser complexa e muitas instituições e organizações já estão utilizando softwares para facilitar.

Um desses softwares, o FPW Medicina e Segurança do Trabalho, criado pela LG Informática, empresa fornecedora de soluções para gestão de RH, permite o acompanhamento das medidas usadas para prevenir e minimizar situações de perigo dentro da empresa, garantindo o desenvolvimento satisfatório do trabalho.

O módulo de medicina do trabalho permite, entre outras coisas, acompanhar o histórico médico do funcionário desde a contratação até seu desligamento da empresa. O sistema disponibiliza o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além de ficha médica com o cadastro completo das fichas de cada colaborador, controle de exames, medicamentos e outros benefícios, como audiometria, controle ambulatorial e de afastamento e relatórios gerenciais. Conforme conta Edna Márcia Santos Chaves, analista de negócios da LG:

“Já a área voltada para as questões de segurança disponibiliza o Programa de Prevenção de Risco Ambiental (PPRA), permite o reconhecimento de riscos, controle de acidentes, elaboração do Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho, do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), controle de acidentes, entre outras possibilidades, como controle de treinamentos e até manutenção de extintores”. (Paiva, 2005)


Segundo Edna, a vantagem do FPW é sua integração com o módulo Folha de Pagamento, desenvolvido pela LG em 1994. “Por meio dele a empresa tem às mãos informações completas de cada usuário. Não há como um profissional da área de segurança avaliar um risco que não seja real”, (Paiva, 2005).

Ao adquirir o software a empresa tem a sua disposição um atendimento pós-venda, que inclui implantação do sistema, treinamento da equipe e suporte técnico.

Também  localizamos softwares oferecidos por outras empresas de serviços de informática que trabalham com novas tecnologias e desenvolvem sistemas operacionais que oferecem aplicações para a gestão de Recursos Humanos e controle das informações sobre cargos e salários, folha de pagamentos, férias, rescisões, ponto eletrônico e incluem treinamentos, PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), itens voltados à saúde ocupacional e segurança do trabalho, registram conforme as necessidades e porte da empresa.

Sobre saúde ocupacional  direcionados ao PCMSO (Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - NR-07 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego.), programações  periódicas de exames, impressão do ASO (Atestado de Saúde Ocupacional).

Nos itens referentes à segurança do trabalho podemos encontrar o registro do PPRA (Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – NR-09 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego.) e sua emissão, registros e cronogramas relacionados a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – NR-05 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego.) além dos já citados controles de treinamentos.


Em relação ao PPP este software pode oferecer os controles dos exames médicos, inclusive de audiometria, graus de riscos com os devidos cálculos, laudos médicos devidamente registrados para o PPP, fichas de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e a emissão deste documento.


“O software, no que se refere à elaboração do PPP, atendeu plenamente minhas necessidades, mas confesso que ele ainda não tem 100% de sua capacidade utilizada por nós devido a alguns pontos ainda necessitarem de melhorias”, comenta Mário José Abrahão, engenheiro de Segurança da Osram. Abrahão avalia, porém, que essas melhorias já estão sendo implantadas pela LG, o que aconteceu também na Prezunic. Segundo Ronaldo Pereira Leal, gerente de RH da rede carioca, o software solicita, em alguns casos, informações muito detalhadas, que acabam não sendo essenciais no dia-a-dia, como nos casos das informações solicitadas quando o assunto é equipamento de proteção. “Alguns pontos precisam ser adaptados e modificados, mas já conversamos com a LG e a empresa está fazendo as adaptações. (Paiva, 2005)



2.1 Máquinas e Equipamentos

Diante das altas estatísticas de acidentes envolvendo máquinas e equipamentos o Ministério do Trabalho e Emprego tem feito exigências por meio das Normas Regulamentadoras com atualizações que necessitam cada vez mais freqüentes. O quê vem resultando no surgimento de novas tecnologias voltadas à segurança do trabalho,  máquinas adaptadas com dispositivos, novos dimensionamentos e até acessos com modificações que garantam a segurança do operador e demais trabalhadores.  

Conforme SILVA, 1995, p.9 apud Vilela, 2000 as máquinas que apresentam riscos com maior gravidade são “as prensas, as guilhotinas, os cilindros e calandras, as impressoras, as serras e as injetoras de plástico”.  Para essas máquinas, segundo Vilela 2000, podemos encontrar proteções e barreiras, dispositivos de segurança tais como células fotoelétricas e capacitores de radio-frequência    que garantem o desligamento da máquina no momento que o trabalhador entra em uma zona de risco da máquina e impedem o acionamento da máquina por sistemas de freios. Evitando assim,  lesões, amputações e até mesmo a morte.

Já a Norma Regulamentadora n.º 12, a NR-12 – (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos) da Portaria  3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego tem apresentado exigências mais amplas, direcionando-se a mais tipos de máquinas e equipamentos com o objetivo de garantir a segurança até mesmo diante de falhas. A referida norma exige distâncias de segurança e requisitos para uso de detectores de presença optoeletrônicos – ANEXO I, meios de acessos permanentes – ANEXO III,  dispositivos de segurança para motosserras – ANEXO V, requisitos de segurança para máquina de panificação e confeitarias– ANEXO VI, para máquinas de mercearias e açougues – ANEXO VII, obviamente   para prensas e similares – ANEXO VIII e injetoras de materiais plásticos – ANEXO IX, para máquinas de fabricação de calçados – ANEXO X, máquinas e implementos para uso agrícola e florestal – ANEXO XI e ainda equipamentos de guindar e elevação de pessoas para trabalhos em altura – ANEXO XII.

12.3 O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.
12.4 São consideradas medidas de proteção, a serem adotadas nessa ordem de prioridade:
a)medidas de proteção coletiva;
b)medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
c)medidas de proteção individual.
12.5 A concepção de máquinas deve atender ao princípio da falha segura. (Item 12, itens 12.3, 12.4 e 12.5 da Norma Regulamentadora n.º 12 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego)


Além das novas tecnologias das áreas administrativas e as industriais já citadas,  também podemos encontrar as inovações nas máquinas e equipamentos no ramo da construção civil. Adaptações exigidas pela Norma Regulamentadora n.18, a NR-18 (Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil) da Portaria  3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977 do Ministério do Trabalho e Emprego, exigências mais especificadas no item 18.22 desta norma sob o título: “Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas”.

Em visita à Feira Brasileira da Mecânica - FEBRAMEC e participação em seminário realizado dia 08 de março de 2013 promovido pelo Instituto para promoção do trabalho empreendedor – Trabalho e Vida cuja uma das palestras apresentadas se dava sob o tema: “Como adequar os elevadores de obra aos novos parâmetros da NR-18 e ABNT”,  constatamos que realmente há no mercado várias empresas que trabalham e oferecem máquinas e equipamentos com as devidas adaptações de acordo com as normas.
 

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalizando este trabalho chego à conclusão que juntamente com a evolução tecnológica e o conseqüente progresso do trabalho,  do ponto de vista de demandas, velocidade e qualidade, pode-se presenciar também o aumento da preocupação com a  Saúde, Higiene e Segurança do Trabalho – SHST. Porém, ainda deve-se exigir uma especial atenção ao cumprimento das leis, uma maior fiscalização e consciência dos empregados e empregadores para que se tenha a completa eficácia de todo e qualquer progresso evolutivo das empresas em relação à segurança do trabalho.

Não basta ter diante dos trabalhadores, normas e orientações que não sejam seguidas. Não se podem ter setores de recursos humanos completamente informatizados com total controle dos registros e documentações, áreas de produções com máquinas importadas de última geração, se não houver uma verdadeira conscientização de prevenção de acidentes no trabalho. O cumprimento das leis, o investimento dos empresários e o treinamento dos operadores devem fazer parte de uma  visão sistêmica dirigida à prevenção de acidentes do trabalho que infelizmente ainda está   deficitária em muitos seguimentos e áreas do avanço tecnológico que o mundo do trabalho está vivenciando nesses dias atuais.  


REFERÊNCIAS


MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, NR -12 e NR – 18 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 da Lei 6.514 de 22/12/1977.

 PAIVA, Flaviane. Softwares facilitam a elaboração de programas de segurança do trabalho. Disponível em

de-programas-de-seguranca-do-trabalho> acesso em 07 maio de 2013.



SISPRO, Software Empresarial. Administração de Pessoal. Disponível em
com.br/sispro-erp/recursos-humanos.html> acesso em 07 maio de 2013.


WEBSTER, Marcelo Fontanela. Um modelo de melhoria contínua aplicado à redução de riscos no ambiente de trabalho. Florianópolis, 2001. Disponível em  <http://www.lgti.ufsc.br/public/webster.pdf > acesso em 16 maio 2013.



VECCHIO, Marcelo Del. NR-12 – Sem mistérios. Disponível em
br/documentos/palestras/ciesp_nr_12.pdf> acesso em 07 maio 2013.


VILELA, Rodolfo Andrade. Acidentes do trabalho com máquinas – identificação de riscos e prevenção. São Paulo, 2000. Disponível em
caderno5%20maquina.pdf> acesso em 16 maio 2013.

Procempa comemora: Zero Acidentes nas obras do DataCenter

FONTE: Newsletter PROCEMPA - 16/10/2012

Por Ana Madeira
Há sete meses, desde que começaram as edificações do novo prédio da Procempa, com meta principal de criar um novo Datacenter, o pátio da empresa virou um canteiro de obras. Agora, às vésperas de efetivar o Moving para o novo Datacenter - ação que completa o  projeto em sua totalidade -  a Procempa comemora o fato de não ter acontecido nenhum acidente de trabalho – o moving está previsto para ser efetivado no dia 10 de novembro próximo.
“Não tivemos nenhum acidente, graças a medidas de prevenção focadas na  área de Segurança no Trabalho, mas, sobretudo, graças aos próprios trabalhadores que acataram  as orientações, redobrando a atenção na hora de executar as tarefas e usando Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)”, frisou Aline Pinheiro, técnica em Segurança do Trabalho.
Lotada no setor de patrimônio da Empresa. Aline ainda credita o sucesso a toda a equipe da Procempa envolvida no processo, “principalmente, ao supervisor Carlos Alberto dos Santos, ao gerente de Logística Matusalém Alves e ao presidente André Imar Kulczynski que estiveram muito atentos à adoção de medidas preventivas”.
Para prevenir
Além de comprar equipamentos como cintos, capacetes, calçados apropriados, luvas, máscaras, protetores auriculares, fitas de isolamento e placas de sinalização, ainda foram realizados pequenos treinamento dos trabalhadores da obra para reforço das orientações das Normas de Segurança do Trabalho.
A Análise Preliminar de Riscos (APR) também é feita antes do início das atividades – o resultado fica documentado e é repassado ao responsável da equipe de trabalho para que multiplique a informação.
Apenas incidentes
Foram registrados quatro incidentes (quase acidentes): em duas situações foram evitados pelo uso de capacete e nas outras pelo isolamento da área.
Mais pessoas circulando
O trânsito de servidores e visitantes  ficou alterado desde o início das obras, equipes da empresa construtora e responsável pela execução do projeto integraram-se ao público que rotineiramente circula pelos acessos da Companhia. Até agora, foram cerca de 250 trabalhadores envolvidos  nas obras, entre contratados e sub-contratados  de tercerizadas e servidores da própria Companhia.
Mais um pavimento
Somando-se às obras do projeto origjnal da construção do DataCenter, a prefeitura optou por aproveitar a estrutura dessa obra em andamento  e construir mais um pavimento para abrigar o Centro Integrado de Comando – a obra do Centro Integrado começou em junho deste ano, significando mais chegada de  material, mais movimentação de trabalhadores, mais riscos, entretanto, sem nenhum acidente de trabalho.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Conceito de Acidente


Acidente

                          A Legislação Brasileira (lei nº 8.213/91) define acidente do trabalho como todo aquele decorrente do exercício do trabalho, e que provoca, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, perda, redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
                          Do ponto de vista prevencionista essa definição não é satisfatória, pois o acidente é definido em função de suas conseqüências sobre o homem, ou seja, perturbações ou lesões.
                          Visando a sua prevenção, o acidente que interfere na produção, deve ser definido como "qualquer ocorrência que interfere no andamento normal do trabalho", pois além do homem, podem ser envolvidos nos acidentes outros fatores de produção, como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo.

Causas do Acidente de Trabalho:
Em um passado não muito distante, a responsabilidade do acidente do trabalho era colocada nos trabalhadores, através dos atos inseguros, essa tendência acabou criando uma "consciência culposa" nos mesmos, pois era comum a negligência, o descuido, a facilitação e o excesso de confiança serem apontados como causas dos acidentes.
Atualmente com o avanço e a socialização das técnicas prevencionistas o que queremos é apurar quais são as verdadeiras causas e não os culpados pelos acidentes do trabalho, portanto, não é que não exista o ato inseguro e a condição insegura, mas o que precisamos é compreendê-los melhor.
Os acidentes de trabalho não são uma fatalidade.
Os acidentes não se dão porque o destino assim quer, mas porque alguém ou alguma coisa o provoca.
Isto significa que um acidente é sempre a consequência de uma ou mais causas.
A velha teoria da fatalidade há muito que foi substituída pela teoria da causalidade.
A ideia-chave a fixar é a de que:
Todo o acidente tem pelo menos uma causa.

Sendo assim, os acidentes podem ser evitados ou minimizados investigando as suas causas e eliminando-as.
Podemos então dizer que os acidentes são acontecimentos previsíveis e, portanto passíveis de ser prevenidos.

Fonte: wwwp.feb.unesp.br/abilio/Textos/acidente.doc
           www.jrsegurancadotrabalho.com.br/conceitos_10.html
         
Técnica em Segurança do Trabalho - Reg. M.T.E. N.º 9040
P"Uma pessoa inteligente resolve um problema, um sábio o previne."

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Transtorno mental gera prejuízos a empresas















Organizações observam crescimento de problemas característicos da vida moderna, como depressão e ansiedade

Por Patricia Knebel

Os transtornos mentais já são a terceira causa de incapacidade para o trabalho no Brasil. Apesar de as doenças físicas ainda serem a grande preocupação das áreas de saúde das empresas, e até por isso terem programas mais estruturados para combatê-los, cresce o desafio de enfrentar os problemas típicos da vida moderna, como a depressão e ansiedade.

Em algumas regiões mais desenvolvidas do País, como no Sul e Sudeste, os casos de transtornos mentais são ainda mais altos, alerta o psiquiatra clínico e forense e médico do trabalho Duílio Antero de Camargo. Isso acontece porque nessas localidades o nível de serviços intelectualizados tende a ser mais alto, o que naturalmente gera um maior desgaste mental. "Temos praticamente uma epidemia no Brasil", comenta o especialista, que também é presidente da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Entre os principais sintomas dos transtornos mentais no trabalho estão a queda da produtividade e uma maior dificuldade para desempenhar tarefas rotineiras, além de tristeza e apatia. O caminho para vencer essa realidade é grande, já que apenas agora as empresas começam a ter mais entendimento da relação entre o ambiente de trabalho e esses transtornos. A exceção costuma ser as grandes companhias, que possuem serviços de medicina do trabalho e já realizam algumas ações de prevenção também relacionadas aos transtornos mentais.

Dentro dessa nova categoria, Camargo destaca a depressão como um dos problemas mais comuns. "Apesar de essa doença normalmente ser multicausal, o ambiente de trabalho gera situações que fazem com que as pessoas mais predispostas acabem desenvolvendo", diz.

Dados da Stress Management Association (Isma-Brasil) apontam que 42% dos profissionais brasileiros vivenciarão algum episódio de depressão durante sua vida profissional, sendo que em 10% são recorrentes. "Os casos aumentam e a projeção já de que a depressão será a doença que mais causará danos nessa década", destaca a presidente da entidade no País, Ana Maria Rossi. O prejuízo das doenças físicas e mentais ao dia a dia das corporações e os desafios para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável estão entre os temas que serão debatidos dos dias 28 a 30 de junho, quando acontece em Porto Alegre o 11º Congresso de Stress.

Promovido pela Isma-Brasil, o encontro será realizado no Centro de Eventos do Plaza São Rafael e reunirá nomes como o psicólogo espanhol Eusébio Rial González, PhD e chefe do Observatório de Risco da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho. O encontro também apresentará as novas nuances do estresse nas corporações. Atualmente, cerca de 64% das pessoas sofrem mais com o estresse profissional do que com o pessoal, o que causa prejuízos à qualidade de vida de 68% delas.

Ana Maria, que também é representante brasileira da Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria, destaca a falta de tempo que os indivíduos enfrentam em suas vidas, em função das longas jornadas e também do excesso de tarefas. "Se olharmos atentamente, veremos que quem realmente trabalha oito horas no Brasil são os funcionários públicos e trabalhadores braçais", comenta. A maior parte dos profissionais, segundo ela, se dedica de 10 a 13 horas ao trabalho, mesmo que não precisem. "Se os colegas ficam, as pessoas se sentem intimidadas a fazer o mesmo por temerem ser consideradas pessoas que não vestem a camiseta", acrescenta. A consequência desses excessos é uma maior vulnerabilidade a adoecer e a ter lesões no trabalho.
Volume de ações por dano moral tem aumento na Justiça do Trabalho

Um dos temas de destaque dessa edição do congresso do International Stress Management Association (Isma-Brasil) será a perspectiva jurídica dos temas relacionados ao estresse do trabalho, já que as ações de dano moral crescem a cada ano no Brasil. O juiz gaúcho Ricardo Carvalho Fraga, do TRT da 4ª Região, alerta que há uma avalanche de ações de reparação por dano material e moral ingressando no Judiciário Trabalhista desde 2004. Foi nessa época que a Justiça do Trabalho passou a ser responsável pela apreciação desse tipo de indenização. "A sociedade está exigindo um maior nível de civilidade em todos os ambientes, inclusive no trabalho."

De 2004 a 2009, o número de acórdãos envolvendo dano moral passou de 642 para 8.222 no País. Desse total, mais da metade é relacionado a acidentes de trabalho. O especialista explica que danos morais são as lesões sofridas pelas pessoas físicas ou jurídicas que atingem a sua moralidade e a afetividade, causando constrangimento, vexame e dor. Fraga avalia que as condições de trabalho precisam melhorar. Nesses casos, ele adverte que as exigências de produção não devem ir além daquilo que o colaborador possa cumprir. Já no momento de a empresa fazer alguma cobrança, deve ter atenção para que o tom não seja excessivamente rigoroso.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dicas para os motoristas



Carro: na ida ou na volta, o importante é dirigir com segurança

Por: Camila F. de Mendonça
24/01/11 - 14h03
InfoMoney


SÃO PAULO – De acordo com a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego), cerca de 1,5 milhão de veículos deixaram São Paulo rumo ao litoral ou interior, devido ao feriado de aniversário da cidade. Daqui a um mês, as estradas do País começarão a receber um fluxo intenso de brasileiros que voltam das férias de início de ano. Seja na ida ou na volta, nessa hora, o importante é adotar cuidados para tornar a viagem ainda mais tranquila e segura.

Para tanto, há dicas para os motoristas seguirem a estrada sem sustos. E a primeira delas é para seguir antes mesmo de pegar na direção. Verificar toda a documentação do veículo, como CRV (Certificado de Registro), licenciamento e carteira de motorista, são essenciais para não ser surpreendido. Também fique atento para manter os impostos e tributos em dia.

Antes de sair com amigos e família, evite sair de casa cansado. Antes da viagem, coloque o sono em dia. E procure saber quais são as condições das estradas pelas quais você terá de passar. Nesta época do ano, chuvas são comuns e podem provocar estragos fortes em algumas rodovias. Por isso, fique atento para não ficar parado além do tempo planejado e tenha sempre um plano “b”. Se a viagem for longa ou o congestionamento muito demorado, pare e descanse. É importante durante o trajeto manter-se hidratado e alimentado.

Se a chuva pegar você no meio do caminho, diminua a velocidade e a mantenha constante. Não reduza a velocidade bruscamente. O ideal é frear devagar e constantemente, utilizando as marchas reduzidas. Mantenha o farol baixo ligado, não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento, evite deixar o vidro embaçar e nunca ultrapasse pela direita ou pelo acostamento.



Cuidados com a manutenção

Nunca é demais lembrar: não deixe a revisão do carro para depois, ela é que determinará uma viagem tranquila e sem sobressaltos. Os cuidados você já conhece, mas é sempre bom reforçar. Fique de olho nos pneus: eles devem estar balanceados e a direção deve estar alinhada. A calibragem deve estar de acordo com o manual. Caso o pneu fure no meio do caminho, tente manter o veículo em linha reta e reduza a velocidade. Quando você tiver o controle do carro, pare em local seguro.

O motor também deve estar em dia. A lubrificação deve ser feita com o equipamento frio. Verifique bem o filtro do óleo, porque ele retém as impurezas que permaneceriam circulando no motor. As correias dentadas também devem ser verificadas com atenção e sua troca deve ser feita de acordo com o manual do veículo. Em média, ela ocorre a cada 50 mil quilômetros rodados.

As palhetas devem ser trocadas a qualquer movimento de trepidação ou ruído, quando a lâmina estiver quebrada, torta ou rasgada ou quando ela começa a formar névoa no vidro. As mangueiras também devem ser verificadas, pois alimentam todo o funcionamento do motor. Fique atento, porque elas podem ressecar, rachar ou mesmo furar.

Os cuidados são simples e conhecidos da maioria dos motoristas que costumam pegar estrada em feriados prolongados e férias. Mas muitos os deixam de lado. O resultado é uma viagem com transtornos. Evitá-los é simples: vá até uma oficina confiável e pegue a estrada com cautela.
*E não esqueça dos cintos de segurança! (Complemento meu).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Saiba como evitar a intoxicação alimentar


Intoxicação alimentar ocorre quando uma pessoa ingere alimentos contaminados por certas bactérias. O aumento da temperatura cria condições favoráveis para a multiplicação das bactérias. Além disso, nessa época do ano é comum que as pessoas comam na praia ou em barraquinhas, sem saber a procedência dos alimentos.

Em geral, a intoxicação alimentar é provocada por três tipos de bactérias:

1 - Clostrídios: são bactérias disseminadas pelas moscas, estão presentes no ar, na poeira e no chão. Sobrevivem à fervura durante horas seguidas.

Em temperatura abaixo de 20ºC, ou acima de 60ºC, elas se mantêm inativas. Na maioria dos casos, a pessoa que foi contaminada por essa bactéria, tem fortes dores abdominais e diarréia. Este tipo de intoxicação alimentar deve ser combatida através de repouso e ingestão de grande quantidade de líquidos. De qualquer maneira, sempre procure um médico.

Botulismo: Doença causada por uma bactéria do gênero Clostridium botulinum, é uma forma muito grave, embora rara, de intoxicação alimentar. Ao invés de atacar o intestino, como os outros tipos de intoxicação alimentar, ataca o sistema nervoso e requer um tratamento totalmente diferente, onde o paciente é internado num hospital, e submetido a um tratamento intensivo.

As características clínicas incluem dor abdominal, dor de cabeça, vertigem, fraqueza, vômitos, paralisia aguda (incluindo paralisia respiratória), visão embaçada e dupla. Essa bactéria é encontrada na água, no solo, podendo estar presente em peixes, vegetais e frutas. A bactéria pode estar em todo tipo de conserva em latas e vidros, principalmente vegetais com pickles, vagem, milho, cogumelos, palmitos, ervilhas, alimentos defumados com carnes, patês. Ao comprar alimentos enlatados, observe a data de validade, e condições da lata. Não compre se a lata estiver amassada ou estufada. Antes de consumir alimentos acondicionados em vidros ou latas, ferva-os por 10 minutos.

2- Salmonela: essas bactérias contaminam todos os tipos de carne usados na nossa alimentação, antes do animal ser abatido. O cozimento completo da carne contaminada destrói totalmente as bactérias nocivas. A gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, dependendo da quantidade de toxina ingerida e da resistência natural de cada organismo. Embora a intoxicação por salmonela quase nunca cause enjôos e dores de estômago, a pessoa contaminada pode ter, além da diarréia, um pouco de febre e dor de cabeça. Nos casos menos graves, um dia de repouso e a ingestão de uma grande quantidade de água ou de

compensar a perda de líquidos provocada pela diarréia ou pelos vômitos, serão o bastante para a recuperação, mas de qualquer maneira procure um médico.

3- Estafilococos: esse microorganismo está presente na superfície da pele humana, principalmente em torno do nariz, e em certas infecções cutâneas, como machucados, espinhas e furúnculos. Um corte infeccionado na mão ou no braço de uma dona de casa que prepara uma refeição para sua família, por exemplo, pode contaminar os alimentos se eles não forem cozidos a um temperatura de 60ºC ou mais durante no mínimo meia hora. Os sintomas são tonturas e náuseas, acompanhados de vômito. É sempre aconselhável procurar um médico.

Toxinas químicas:

Algumas toxinas encontradas em alguns alimentos, como cogumelos, podem ser causadoras de intoxicações químicas.
- Lave sempre as mãos antes de preparar os alimentos;

- Mantenha a temperatura do refrigerador abaixo de 4º centígrados;

- Mantenha peixes, carnes, ovos e laticínios na geladeira até o momento de prepará-los. Alimentos fora do refrigerador, nos períodos de verão, têm o risco de apresentarem o crescimento da bactéria Salmonella, causadora de infecções gastrointestinais;

- Alimentos que sobram de uma refeição devem ser congelados imediatamente, para consumo posterior, ou jogados fora;

- Crustáceos devem ser bem cozidos - podem conter, por exemplo, vírus causadores da hepatite, ou bactérias causadoras de intoxicação alimentar;

- Cuidados ao servir os alimentos: não aguarde mais de 2 horas para servir o alimento. Nos restaurantes, os alimentos frios devem ser colocados no gelo, a temperaturas próximas de 0º, e os pratos quentes devem ser mantidos aquecidos acima de 60º;

- Não deixe alimentos congelados degelarem por si - bactérias podem crescer na sua superfície externa. Sempre é mais seguro degelar o alimento no forno de microondas ou colocá-lo sob água corrente;

- Utensílios usados devem ser lavados cuidadosamente antes de receberem novas porções, mesmo que seja do mesmo alimento;

- Cuidado com a água que você consome - na dúvida, beba apenas água mineral;

- Alimentos comprados de ambulantes ou de barracas de praia são sempre arriscados, principalmente quando não se pode precisar as condições de higiene de seu preparo. Além disso, vendedores ambulantes de praia, com alimentos dentro de cestos expostos ao calor, correm o risco de estarem vendendo um alimento que se deteriorou pelo tempo de exposição fora da geladeira;

- Lave em água corrente verduras e frutas;

- Certifique-se de que os alimentos estão sendo cozidos da maneira correta;

- Se você tiver um ferimento nas mãos ou nos braços, antes de manusear os alimentos, proteja o machucado com esparadrapo e use luvas de borracha.

IMPORTANTE

Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As
informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.


Fonte:
- Assessoria Departamental de Vigilância Epidemiológica de Limeira – SP
- Medialsaude


Disponível em: http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=370